Considerações
iniciais
Optei por incluir
minhas considerações antes do fichamento propriamente dito, em virtude de que deve
ser apresentado em dois ambientes. No Ambiente Virtual de Aprendizagem e no Portfólio
(Blog). Sabemos que a forma interfere na mensagem. Um texto corrido – como uma
resenha ou um resumo - não é apropriado para um blog.
Assim, elaborei um fichamento clássico como fazíamos
antes dos computados pessoais tornarem-se comuns. Assentávamos o fichamento em
fichas de papel cartão pautado. Escrevíamos nossos apontamentos das páginas de
livros ou artigos comtemplando pequenos excertos. Neles priorizávamos as nossas
anotações. O objetivo era produzir algo inteligível e de rápida leitura para
consultas futuras, podendo inseri algumas observações criticas. Esse pode ser
um dos objetivos dos Blogs, que pedem
leitura rápida e de fácil acesso. A diferença é que está na tela do computador,
priorizando o registro eletrônico da informação.
Nesse contexto eletrônico, parece que o objetivo do
Portfólio da disciplina é apresentar uma análise critica, mas também facilitar
o acesso à informação. Isso sim, muito melhor do que se fossem dispostas em
fichas de papel.
Análise
Crítica
Percebemos de modo muito claro como as instituições não
escolares avançaram no uso de recursos tecnológicos para melhor cumprir sua
missão. Por exemplo, os bancos mantêm registros eletrônicos de suas transações.
As lojas de vendas de produtos controlam eletronicamente todos os seus
processos de compra, de gestão de estoque e financeira, de vendas etc. Praticamente
todas as empresas, corporações e instituições usam as Tecnologias de Informação
e de Comunicação para melhor cumprir sua missão. Porque as escolas, notadamente
as públicas, não podem fazê-lo?
A resposta é que não só podem, como devem. Não fazer as
tornam cada vez mais anacrônicas e distantes do cumprimento de sua missão.
Sabe-se que para tanto, as dificuldades são muito grandes. Afinal, aportar
recursos financeiros para algo que não dê um lucro financeiro claro, imediato e
evidente não é uma pratica comum. Falta assim, inversão financeira destinada às
TIC nas escolas públicas e nas secretarias de educação.
Porém, elevar os recursos financeiros para a implantação
das TIC ns escolas não é o único desafio. Nosso corpo docente e de gestão ainda
não se apropriou plenamente das modernas tecnologias. Várias vezes os
professores usam essas tecnologias apenas digitam provas e exercícios. Alguns
até escrevem à mão um rascunho. Buscar informações online e em outros suportes
diferentes dos livros é algo não recorrente. Falando de outra forma, não nos
atualizamos. É comum entre nós expressões tais como Essas coisas de informática não são para mim. Isso não é do meu tempo.
Não é do nosso tempo? O nosso tempo é agora. Elas estão
presentes em nossas vidas. Talvez não estivessem presentes quando fizemos a
graduação. Mas, hoje estão.
A título de comparação, podemos nos perguntar se
levaríamos os nossos filhos a um hospital ou a um médico que não usassem os
modernos recursos tecnológicos de diagnóstico e de medicamentos? Aceitaríamos
que um médico não se atualizasse? Seria a medicina, mais importante do que a
educação? Se a resposta a essas perguntas for “não”, também não se justifica
que os professores não busquem se qualificar para o uso das TIC como recurso de
qualificação, pedagógico e de gestão.
Fichamento
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As
tecnologias da informação
chegaram às escolas inicialmente como aporte administrativo.
Depois, em
laboratórios de informática buscando
integração com as atividades em sala de
aula em projetos extraclasse. Essa evolução
proporciona
...novas
relações com o
saber que ultrapassam os limites dos materiais instrucionais
tradicionais e
rompem com os muros da escola.
Criam-se
possibilidades
de
redimensionar o espaço escolar, tornando-o aberto e
flexível, propiciando a
gestão participativa, o ensino e a aprendizagem em um
processo
colaborativo.
Com isso,
espaço escolar é ampliado
em virtude da criação de comunidades
colaborativas.
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Não podemos pensar em um
futuro, que sequer sabemos como será, sem antes nos preocuparmos com os
desafios do presente. Para enfrenta-lo, temos de usar os recursos que dispomos
atualmente, o que inclui as Tecnologias da Informação e da Comunicação – TIC.
Assim é viável possibilitar uma aprendizagem em rede, em comunidades
colaborativas.
O fator
primordial para a criação de comunidades e culturas colaborativas de
aprendizagem, intercâmbio e colaboração é a qualidade da interação, quer
presencial ou a distância, cuja criação poderá viabilizar-se a partir da
formação continuada e em serviço do educador.
Nessa perspectiva o espaço
escolar é ampliado. Por sua vez, o educador pode também ampliar as
possibilidades de encontrar alternativas para os desafios da sua escola tendo
em vista “novos paradigmas e metodologias”.
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Dessa forma, as TIC na
escola apoia a comunicação entre educadores e todos os membros da comunidade
escolar, possibilitando um maior fluxo de informações que, por sua vez dá
subsídios para todos, inclusive o gestor, para a tomada de decisões.
Do ponto de vista pedagógico, permite o desenho e a
implantação de projetos inovadores onde todos, inclusive os alunos, podem
participar das decisões na construção do conhecimento.
É nessa linha que os
programas de informatização do Ministério da Educação atuam. No entanto, esses
esforços são minimizados em virtude das estruturas da escola, tanto física, como
das práticas pedagógicas e de gestão.
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A incorporação das TIC nas escolas para atender demandas
administrativas e pedagógicas pode servir para a superação da dicotomia entre
ambas, a partir de uma cultura de trabalho integrado, considerando que a escola
forma uma equipe una em torno de um único projeto político-pedagógico.
Para a formação dessa equipe, é certo que isso é favorecido nas
situações em que os gestores se tornam sujeitos que mobilizam toda a comunidade
escolar.
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Considerando o exposto anteriormente, estende-se a relevância de
envolver os gestores escolares nos processos de implantação das TIC, pois não
basta dispor esses recursos para os professores, ou para os setores
administrativos. É necessária uma gestão integrada entre o pedagógico e o
administrativo dos sistemas expressos nas TIC.
Por isso, a implantação desses recursos tecnológicos deve ser
voltada para que os dirigentes – inclusive coordenador pedagógico - possam
reconstruir seu papel de liderança na constituição de uma nova cultura escolar,
possibilitando uma articulação entre o pedagógico e o administrativo.
A ideia é
constituir uma comunidade colaborativa onde a aglutinação de recursos os
potencializa para cumprir os objetivos da instituição.
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Essa aglutinação de recursos ocorre em ambientes virtuais (redes
colaborativas). Elas compartilham informações e experiências em busca de soluções
para problemas que têm em comum.
Um Ambiente
Virtual de Aprendizagem permite a cada um traçar o seu caminho entre as
informações existentes, buscando sua interpretação para o pensamento do outro.
Esse é o foco: as relações entre as pessoas. A tecnologia apenas favorece o
processo no qual as pessoas leem e interpretam o pensamento do outro,
compartilhando as experiências, simulando ambientes e situações.
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Embora exista a
figura de um Gestor (Diretor) e de uma equipe gestora, defende-se que todos
devem participar da gestão. É nessa linha que os recursos tecnológicos
colaboram por facilitar a identificação de problemas e possibilidades,
favorecendo o diálogo e dando subsídios para a tomada de decisões.
O uso das
TIC na gestão escolar permite: registrar e atualizar instantaneamente a sua
documentação; criar um sistema de acompanhamento e participação da comunidade
interna e externa à escola por meio de ambientes virtuais; definir metodologias
de avaliação adequadas e compatíveis com critérios democráticos e
participativos; trocar informações e experiências com a comunidade,
identificando talentos e potencialidades que possam contribuir com a evolução
conjunta de problemáticas tanto da escola como da comunidade; discutir e tomar decisões
compartilhadas.
Assim, as TIC constituem-se em importantes ferramentas para uma gestão compartilhada. Portanto, é necessário capacitar a todos para bem usá-las, mas especialmente os gestores devem estar engajados nessa participação.
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Por meio do Proinfo, alguns projetos do Ministério da Educação
junto às secretarias estaduais da educação capacitam diretores e coordenadores
de escolas públicas para dar condições de liderar a
...
inserção das TIC na escola, ressaltando as contribuições dessas tecnologias à
gestão administrativa e pedagógica da escola. O ambiente virtual para suporte
das atividades a distância começou a ser utilizado durante esse encontro
presencial, na realização de fóruns de discussão e para a inserção como
material de apoio das propostas de atividades elaboradas pelos participantes, a
serem realizadas junto com a comunidade escolar, tendo em vista a criação
coletiva do projeto de gestão das TIC.
... os formandos se apoiam uns nos outros e têm as práticas do colega como espelho para análise da própria prática. As teorias são buscadas para ajudar a compreender as ações em realização, propiciando a reflexão sobre essas práticas e a proposição de mudanças que as tornem mais efetivas.
Esse trabalho de
capacitação, por si já é uma forma colaborativa de gerir o conhecimento e a
aprendizagem inseridos no contexto escolar.
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Destaca-se nessa
produção e gestão do conhecimento os fóruns e relatos de experiências que
permitem a todos aprender com as experiências do outro, formado uma experiência
coletiva. Isso permite uma reflexão crítica e colaborativa que, por sua vez,
leva a uma tomada de consciência que favorece a tomada de decisões, sabendo que
encontramos
...no
coletivo da escola, o caminho evolutivo mais condizente e promissor de acordo
com a identidade da escola e com o contexto em que se encontra inserida.
Desse modo, parece que - à semelhança de outras
instituições - a escola pode finalmente ter uma gestão técnica e profissional
amparada na tecnologia, mas sem olvidar dos seus objetivos sociais.
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Bibliografia:
ALMEIDA,
M. Gestão de tecnologias na escola. Série “Tecnologia e Educação: Novos tempos,
outros rumos” - Programa Salto para o Futuro, Setembro, 2002.